Quando eu era muleque meus queridos companheiros do colégio me chamavam de "quatro olhos", de "branquelo azedo", "feioso"... diziam que eu usava um óculos com "fundo de garrafa", que meu cabelo era igual a "bombril", me zoavam quando eu ficava vermelho pela vergonha, me chamavam de filhinho de papai porquê acompanhava meus pais em jantares e festas, diziam que eu era um idiota por acordar às 7 da manhã nos domingos para ir à missa...E nunca acusei ninguém de bullyng... engraçado não? Hoje não se pode olhar muito para alguém que já se pode interpretar isso como um ataque...
Podería ter me revoltado com as piadas de muito mal gosto que recebi e, mais de uma vez, me irritei muito a ponto de gritar, chorar, me afastar... mas aprendí a passar por cima disso.
Sigo usando um óculos "fundo de garrafa" e o que posso fazer? sou miope! Tenho muitos graus a corregir... Sigo sendo branco e feio, afinal não podería mudar minha pele ou fazer uma cirugía plástica por pura vaidade... tenho quase 90% do corpo marcado com manchas do sol e isso nao me faz ser menos importante que qualquer outra pessoa... meu cabelo ainda é crespo e a cada dia sou um pouquinho mais careca, o não muda o interior da minha cabeça... Não me sinto nem melhor nem pior que ninguém, mas sim me sinto unico graças a todos meus "defeitos" que se somam a minhas poucas qualidades e aos valores que aprendí na vida.
O que faz uma pessoa não sua aparencia, mas sim seu interior.
Valorizemos a vida de verdade, do inicio ao fim, mas passando por cada um dos degraus que ficam esquecidos pelos grandes megafones que aparecem a cada esquina dia após dia. Defendemos nossos poucos direitos específicos e simplesmente ignoramos a grandiosidade dos problemas que estão aqui do nosso lado.
Olhemos ao lado... desfoquemos de nós mesmos... aprendamos a viver com os demais... valorizemos os demais, os pequenos e grandes, os jovens e os velhos, os que ainda não naceram e os que podem morrer a qualquer momento, que que tem fome e os obesos, os sem casa e os adeptos aos bens... todos somos todos...
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Simples assim
Na simplicidade
de uma pequena gruta,
de um
caminho no meio do deserto,
de uma infância
comum e corrente,
de uma
resposta incompreendida sobre seu pai aos seus pais...
Na vida
simples que ficou desconhecida por muitos anos simplesmente por ser simples...
Num simples
olhar a alguns simples pescadores,
a outros
que apareceram no meio do caminho,
ao discípulo
mais amado antes e depois,
à sua mãe
na hora mais difícil...
Nos atos
simples de alimentar os famintos,
de curar os
rejeitados,
de não ter
problemas em dizer o que pensava e sentia,
de juntar-se
com seus amigos para comer e lavar seus pés como um simples servente,
de não
lutar contra os que tiveram que lutar contra Ele, como simples peças de um jogo
de outros,
de levar
sobre os ombros o próprio instrumento de sua próxima morte...
Na
complexidade de tentar compreender como um Deus feito homem entregou-se à
morte, sofrendo por horas por culpa de três simples pregos de metal...
E toda essa
simplicidade só poderia culminar em um momento também simples: a volta à vida
sem efeitos especiais, mas com a possibilidade de ser confundido com um simples
jardineiro...
Com tudo de
simples, porquê complicamos tanto em aceitar seu amor por nós?
terça-feira, 1 de setembro de 2015
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