E não pensem que digo isso pela atual realidade humana de deixar tudo para a ultima hora ou de não tomar nunca uma decisão de mudança de vida (seja na simples decisão de sair da casa dos "papais", de oficializar uma união que já cumpre bodas de prata ou por parar de estudar a quinta pós graduação e começar a trabalhar de uma vez), mas sim nos simples e decorrentes trabalhos e decisões diárias.
"Por quê voce não faz assim? eu acho que desse outro jeito é melhor..." mas tem a capacidade de esticar a mão e fazer desse outro modo. "E se vemos um filme?" e fica tres horas para descobrir que na verdade não sabe o que quer ver ou se realmente quer ver...
E dai chego eu, com toda meu ser "direto e bruto" (como dizem por aí) e digo: "decida de uma vez!", "faz então!", "então vai ué!"... e tenho que escutar: "ahhhh você não tem paciencia.... você tem que entender que sou mais devagar... que não consigo tomar decisões assim..." Então porquê se entromete e fica dando palpites??? Se não tem a capacidade de tomar uma decisão e colocá-la em prática, fica quietinho meu caro.
Sou um eximio defensor de buscar um melhor modo de se fazer as coisas, mas não entra na minha cabeça isso de ficar colocando defeitos e dificuldades no trabalho do outro se não é capaz de decidir se é melhor colocar os copos na mesa com a boca para cima ou para baixo. Filhinho!!!! Primeiro decida o que você quer da vida, depois venha dar pitaco na vida dos outros.
O que mais me irrita de tudo isso é que todos tem que aceitar o modo desses "lentos vitais", mas eles nunca podem aceitar que as outras pessoas sejam mais rápidas ou desesperadas (como esse raivoso escritor). Dia após dia eu tenho que "aceitar que o outro é mais lento" e que se dane o meu modo de ser... Desculpe por ser novamente tão direto e sincero, mas essa deculpinha já está mais que desgastada... ou você também trata de buscar entender e aceitar e trabalhar com o modo estressado de ser do outro, ou para de ficar com essa conversinha barata de alguém que se aproveita de ser lento. Sejamos ao menos nobres o suficiente para não escondermos atrás de uma fraqueza inferior ao nosso medinho mediocre de enfrentar a realidade.
Atreyu
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