terça-feira, 23 de dezembro de 2014

As ondas seguem golpeando as rochas...

As ondas seguem golpeando as rochas...

Me pergunto se são as ondas que não desistem ou se são as pedras que persistem. A água vem constantemente, com sua força, encobrindo e gastando as pedras que encontra pelo caminho. Retirando as pontas, lixando cada milimetro que toca. Polindo as rochas, alisando suas faces. E as pedras seguem alí... umas se soltam e começam a seguir o ritmo das ondas. Outras es encondem embaxo da areia. Mas algumas seguem firmes, resistindo aos meios externos.


Quem está certa nesta história toda? As ondas que persistem ou as rochas que resistem?
O que realmente vale a pena? Insistir com todas as forças e ver que os resultados são mínimos frente aos demais ou afirmar-se nos próprios ideiais e resistir frente aos golpes de fora?


De que nos serve insistir sobre pontos em que nunca vamos ver mudanças? De que nos serve seguir ideais antigos por acreditar que eles são a base de tudo? De que nos serve dizer o que se sente se o sentimento alheio é o mesmo que ignora e deixa claro que no mesmo os pensamentos do outros? De que nos serve ser onda ou pedra?


Qual o sentido de ver a água escorrendo entre os grãos de areia e voltar a golpear as pedras enquanto a areia segue alí, despreocupada com o que acontece a seu lado.












Fotos de Algarrobo - Chile.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Chegaram os 27...



A vida realmente passa como água entre os dedos. Há 27 anos atrás eu nasci... um bebê gordo com o dedo do meio do pé esquerdo escondendo o indicador (marca da família). Na verdade não me lembro de praticamente nada desse início de vida, nada mais que pequenas histórias de um menininho que chorava por tudo, que era (e sigue sendo) fissurado por chocolate, que nunca quebrou um osso, mas que torceu metade do corpo e cortou a outra metade... muitas histórias que marcaram minha vida e me fazem ser quem sou hoje.






Quem são os culpados pela "construção" dessa pessoas que vos escreve? Não sei... Podería dizer que foram meus pais e meu irmão ou meus amigos... mas não. Eles não são "culpados", mas sim são participantes do grande crescimento que sigo tendo no caminho da minha vida. Meus pais não só me colocaram no mundo. Por eles eu fui educado (ainda que não tenha aprendido muito) e criado (e mal criado pela minha vó). Meus pais se preocuparam a que tivesse uma infância na rua, brincando na chuva, perdendo a ponta do dedão no asfalto, caindo de bicicleta... Uma preocupação que tomou um caminho inverso na educação das crianças de hoje em dia. Meus pais se preocuparam a que eu tivesse uma infância entre outras crianças, com meus primos, com meus vizinhos, com meus amigos da escola. Meus pais se preocuparam a que eu recebesse uma educação religiosa que me trouxe até aqui. Meus pais foram e seguirão sendo minha base de sustentação.



Mas de nada adiantaría tudo isso sem meu irmão. Sim, com todas as brigas, todas as coisas que jogamo um no outro, todas as vezes que fazíamos algo simplesmente para irritar ao outro... Isso me fez aprender a enfrentar a vida. Hoje vejo que sim somos bons irmãos. De um modo bem peculiar... mas bons irmãos. Aprendemos a viver um com o outro e, desde que saí do Brasil, a sentir falta um do outro. Além disso ele trouxe ao mundo esse serzinho que aprendi a amar e chamar de "minha" sobrinha.
Eles se somam a cada experiência que vivi e, assim, sou hoje o que sou. Experiêcias grandes e mínimas. desde ficar perdido na Praia Grande em Santos na semana entre Natal e Ano Novo por duas horas e ser encontrado a dois quilômetros de onde estava depois de quase ser levados por um grupo de hippies, até ter montado um fazenda de frutas no quintal de casa com direito a rio e curral, ou de ficar por três horas no sol do Mato Grasso do Sul em pleno verão só de sunga aos três anos de idade e ter queimaduras que são as responsáveis por todas as sardas que tenho hoje. Não me lembro de mais que flashes de tudo isso... um menino chorando na areia olhando algumas pessoas com roupas coloridas e cabelos longos, um abacate com pedaços de galhos que parecia ser uma vaca, um menino pescando na beira de um rio no sol... flashes que tomaram um rumo direferente... Vinte e sete anos de vida que incluem uma bela infância, uma adolescencia forte, uma juventude curiosa e um inicio de vida adulta com muitas novidades.




Entrei no seminário depois de estudar jornalismo. Dois caminhos completamente diferentes e tão unidos dentro de mim.Vivo no Chile, a duzendo mil kilometros da minha amada cidade de Londrina. Estudo filosofia, algo que me faz sofrer uma boa parte do tempo. Chego aos 27 com a certeza de que mesmo não me lembrando de que eu rodava gatos pelo rabo ou os motivos que me levavam a usar tão seguidamente a frase "mas eu não sabía", sei que tive uma vida muito feliz e completa. Com pessoas que me ajudaram e com vivências que me ensinaram. Chego a esse número tão sem significados (27) com o desejo de ir "más allá", seguir lutando, de não ter medo de ser quem sou, de assumir as consequencias das minhas decisões, de ter aceitar que algumas pessoas não concordam com o que eu penso simplesmente por ser radical.





Assim sou... um eterno aprendiz, um viajante inquieto, um artista das pequenas criatividades, um qualquer no meio da multidão... aquele menininho que um día cresceu...

domingo, 7 de dezembro de 2014

Retrados desfocados de um Deus nítido entre nós

Alguns detalhes de umas fotos que fiz na Primeira Comunhão do Colégio José Kentenich em Puente Alto na semana passada.
Cristo se mostra em cada detalhe

















aprendizados

A vida ensina que é preciso levantar sempre que a liz nunca se apaga que o olhar reflete a alma A vida ensina que precisamos sentir ouvir e ...