sexta-feira, 27 de março de 2015

É bom que esclareçamos alguns detalhes

Sobre o post anterior:
Não sou a favor da propaganda negativa à vida. É exatamente o contrário, sou completamente a favor da vida e é por isso que desejo que todos os que sofrem pela depressão recebam o devido cuidado.
Não culpo ou acuso ninguém, especialmente digo isso por Andreas Lubitz com o avião da Germanwings. Seja quais foram os motivos que o levaram a esse triste acontecimento, o melhor que podemos fazer é rezar por seu descanso e paz.
Pessoas que atentam contra a vida não merecem ser culpadas ou endeusadas, mas sim ajudadas.
Meu único desejo é que não passemos pela vida sem olhar ao óbvio por puro preconceito e falta de coragem.

Sobre o que posto aqui:
Não tenho uma linha lógica de posts. As vezes coloco meus desenhos, as vezes minhas fotos, as vezes alguns pensamentos que simplesmente surgem na minha mente. Exatamente porque era isso o que eu desejava desde que o criei: que fosse um retrato das imagens que aparecem na minha cabeça, na cabeça de uma pessoa que caminha pelo mundo, que se reconhece como um simples nômade diante das loucuras do mundo atual.

Sobre a vida:

Que "la pasemos bien".

Olhos fechados, passos dados, penhasco a frente...

E tem gente que ainda acredita que a depressão é uma invenção para chamar atenção, que algumas pessoas simplesmente são incapazes de enfrentar a realidade e querem ser exaltadas pelos outros. Aí surge a notícia de que um jovem de 28 anos escondeu seu quadro psicológico e acaba com a própria vida, direcionando um avião com dezenas de pessoas contra os Alpes Franceses e alguém abre o olho.
Com o intuito de não promover o suicídio, os meios de comunicação não se aprofundam com noticias sobre pessoas que desistem de viver diariamente. Mas, infelizmente, isso acontece. Milhares de pessoas não encontram o sentido na vida e se vão. E seguimos com os olhos fechados. Tantos pássaros voando em frente as nossas janelas, caindo dos seus ninhos e seguimos com os olhos fechados. Tantos "niños" que não encontram sequem um monte de palhas de amor. Sorrisos que escondem lágrimas... e seguimos com os olhos fechados.
Enquanto que alguns creem que o dinheiro, a fama, o status pode ajudar, nos deparamos com o desejo daquela cantora, que teve um guarda-costas no filme, de ser más interessante, de poder estar à altura de tudo o que acontecia com ela; com o aprendizado daquele cantor, que chamava a atenção com seu skate sua língua solta, que viu que o melhor era evoluir, não ganhar ou perder; e com um copiloto anônimo de um pequeno povoado no interior alemão que surpreendeu a todo um mundo nos últimos dias.
Até quando vamos seguir os olhos fechados? Até quando as pessoas com depressão vão seguir sendo tratadas como estranhos e mimados? Quando os grupos de autoajuda vão parar de ser tema de brincadeiras? Quando as pessoas com depressão não vão mais precisar esconder seus problemas e poderão encontrar ajuda a sua volta?
Infelizmente não são todos que tem a sua volta uma atmosfera que o ajude, que encontra apoio e ajuda, que pode dizer: "eu quero e posso vencer"... e o abismo aparece. Ainda que não seja necessário subir ao topo do prédio mais alto da América Latina, tomar um conjunto de comprimidos ou negar-se a abrir a porta da cabine. A cabine é a porta do próprio quarto! Os comprimidos são as doses diárias de decepção! O edifício é o conjunto de pedras no caminho percorrido diariamente!
Não fechemos os olhos ao outro... Pode ser que ainda dê tempo de afastá-lo do penhasco entre as páginas lidas e selfies postadas...

domingo, 22 de março de 2015

A mente se enche e transborda sobre o que restou dos farelos do bolo de chocolate. Enquanto vozes chegam e saem, alguns olhares fogem em seu próprio fracasso e covardia. E o rio de pensamentos escoa inundando este pequeno espaço entre o descanso e a vida, empurrando meus pés e obrigando-me a buscar apoio nos pedaços de pedra que se unem minha frente.
E assim segue a correnteza... esperando que alguém me ajude a puxar a corda de emergência.

Atreyu

segunda-feira, 16 de março de 2015

A brisa no furacão

No meio de um furacão de ideias e pensamentos a calma buscada se encontra no silêncio e na paz que só uma pequena pausa pode proporcionar. Se me deixo levar pela força diária desses ventos que me levam de um lado a outro, dessa tormenta de pensamentos alheios que fazem com que minha cabeça se torne um redemoinho que escoa pelo ralo do tempo, dessas ondas que me empurram de um lado contra minha frágil força de nadar ao contrário... se não luto contra tudo isso, tudo é levado e despedaçado. De nada serve manter a força exterior, pois uma fortaleza não é feita só de seus muros. Frente ao que chega naturalmente de outros, que simplesmente não tem culpa de expressar sua mais pessoal opinião, o melhor a fazer é silenciar e buscar o centro do meu furacão interior. Ali onde a força da lugar à brisa, ali onde tudo gira ao redor e eu posso me encontrar comigo mesmo, ali onde tudo o que se escuta é murmuro do mundo. A força de dentro se torna mais forte que a de fora, se potencializa e cria uma proteção que não é uma simples casca ou escudo, mas sim um campo gravitacional que se expande ao invés de atrair a si os objetos externos. E tudo se torna um ponto de luz que cresce e ilumina proporcionando que o Pequeno Príncipe possa vislumbrar o pôr do sol quarenta e três vezes. E tudo começa com a busca daquela pequena brisa no meio do furacão...

aprendizados

A vida ensina que é preciso levantar sempre que a liz nunca se apaga que o olhar reflete a alma A vida ensina que precisamos sentir ouvir e ...