segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Mudança de ponto de vista

Quando eu era muleque meus queridos companheiros do colégio me chamavam de "quatro olhos", de "branquelo azedo", "feioso"... diziam que eu usava um óculos com "fundo de garrafa", que meu cabelo era igual a "bombril", me zoavam quando eu ficava vermelho pela vergonha, me chamavam de filhinho de papai porquê acompanhava meus pais em jantares e festas, diziam que eu era um idiota por acordar às 7 da manhã nos domingos para ir à missa...E nunca acusei ninguém de bullyng... engraçado não? Hoje não se pode olhar muito para alguém que já se pode interpretar isso como um ataque...
Podería ter me revoltado com as piadas de muito mal gosto que recebi e, mais de uma vez, me irritei muito a ponto de gritar, chorar, me afastar... mas aprendí a passar por cima disso.
Sigo usando um óculos "fundo de garrafa" e o que posso fazer? sou miope! Tenho muitos graus a corregir... Sigo sendo branco e feio, afinal não podería mudar minha pele ou fazer uma cirugía plástica por pura vaidade... tenho quase 90% do corpo marcado com manchas do sol e isso nao me faz ser menos importante que qualquer outra pessoa... meu cabelo ainda é crespo e a cada dia sou um pouquinho mais careca, o não muda o interior da minha cabeça... Não me sinto nem melhor nem pior que ninguém, mas sim me sinto unico graças a todos meus "defeitos" que se somam a minhas poucas qualidades e aos valores que aprendí na vida.
O que faz uma pessoa não sua aparencia, mas sim seu interior.
Valorizemos a vida de verdade, do inicio ao fim, mas passando por cada um dos degraus que ficam esquecidos pelos grandes megafones que aparecem a  cada esquina dia após dia. Defendemos nossos poucos direitos específicos e simplesmente ignoramos a grandiosidade dos problemas que estão aqui do nosso lado.
Olhemos ao lado... desfoquemos de nós mesmos... aprendamos a viver com os demais... valorizemos os demais, os pequenos e grandes, os jovens e os velhos, os que ainda não naceram e os que podem morrer a qualquer momento, que que tem fome e os obesos, os sem casa e os adeptos aos bens... todos somos todos...

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Simples assim

Na simplicidade de uma pequena gruta,
de um caminho no meio do deserto,
de uma infância comum e corrente,
de uma resposta incompreendida sobre seu pai aos seus pais...
Na vida simples que ficou desconhecida por muitos anos simplesmente por ser simples...
Num simples olhar a alguns simples pescadores,
a outros que apareceram no meio do caminho,
ao discípulo mais amado antes e depois,
à sua mãe na hora mais difícil...
Nos atos simples de alimentar os famintos,
de curar os rejeitados,
de não ter problemas em dizer o que pensava e sentia,
de juntar-se com seus amigos para comer e lavar seus pés como um simples servente,
de não lutar contra os que tiveram que lutar contra Ele, como simples peças de um jogo de outros,
de levar sobre os ombros o próprio instrumento de sua próxima morte...
Na complexidade de tentar compreender como um Deus feito homem entregou-se à morte, sofrendo por horas por culpa de três simples pregos de metal...
E toda essa simplicidade só poderia culminar em um momento também simples: a volta à vida sem efeitos especiais, mas com a possibilidade de ser confundido com um simples jardineiro...


Com tudo de simples, porquê complicamos tanto em aceitar seu amor por nós?

aprendizados

A vida ensina que é preciso levantar sempre que a liz nunca se apaga que o olhar reflete a alma A vida ensina que precisamos sentir ouvir e ...