segunda-feira, 30 de março de 2020

Vou sem saber o que escrevi


Já faz tempo que não venho escrever aqui...
Nos últimos tempos só surgem frases e pensamentos curtos.
O espírito revela o que sente o coração e as vezes se expressam somente o pulsar constante, deixando de lado as raízes que regam todo o corpo.

Faz tempo que não venho escrever aqui...
Mas muitos temas seguem presentes.
Perguntas sobre pessoas, situações, momentos.
Perguntas abertas em que o protagonista sou eu, é o outro, somos nós.
Perguntas com respostas escondidas ou visíveis como a luz do dia.
Perguntas e respostas de qualquer dia.

Faz tempo que não venho escrever aqui...
Talvez por esperar, talvez por procurar.
Talvez por que acabei me decepcionando com as pessoas, situações e momento que geraram perguntas.
Algumas perguntas decepcionam mais que respostas, mas algumas respostas ferem mais que perguntas.

Faz tempo que não venho escrever aqui...
E esse tempo de isolamento me fez pensar que pensamentos são companheiros, caminhos e refúgios
 Essa dúvida sobre quando o mundo vai voltar ao normal, leva os pensamentos à dúvida de se teve algum momento em que houve normalidade no mundo, no meu mundo.
Um refúgio que pulsa normalmente, que pensa constantemente e que pergunta novamente sobre quem somos no mundo, sobre com quem somos no mundo, sobre em quem somos no mundo.

Faz tempo que não venho escrever aqui...
E na verdade não sei quando será a próxima vez.
Mas espero que neste meio tempo não surjam decepções, desencontros, desculpas para esconder verdades, nuvens que sejam bloqueios entre o sol e o solo.
Espero que se voltar a escreve aqui seja em um mundo em que se olha para o outro com esperança, com sinceridade, com amizade, ainda que sigo sem entender o que seja tudo isso.

Faz tempo que não venho escrever aqui... e vou sem saber o que escrevi.

O Nômade

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